Faz quase 40 anos que o HIV foi descoberto mas as ideias descabidas e preconceituosas a respeito do vírus se perpetuam.
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Um estudo da Prevention Access Campaign (projeto que luta contra o HIV) e da gigante farmacêutica Merck mostra dados alarmantes de desconhecimento sobre o HIV nos Estados Unidos.
A pesquisa constatou que cerca de 30% das pessoas HIV negativas entre 23 e 36 anos não interagiam socialmente com alguém que vive com o vírus.
Mais: cerca de 28% dos entrevistados também disseram ter evitado abraçar, conversar ou ser amigo de alguém com HIV.
Mais de um terço (34%) das pessoas disseram que também evitaram apertar as mãos ou compartilhar alimentos, bebidas ou utensílios com pessoas soropositivas para HIV.
Apenas 31% das pessoas sabiam que indetectável significa intransmissível, e 50% acreditam que o vírus pode ser transmitido mesmo quando alguém é indetectável.
Só para relembrar: a grande maioria das pessoas que toma os antirretrovirais está indetectável e nesta condição elas não conseguem transmitir o vírus nem mesmo pelo sangue ou esperma.
Por aperto de mão ou compartilhamento de talheres não se transmite nem nunca se transmitiu o vírus. Esta ideia errônea "combinava" com os anos 1980 quando se tinha ainda muitas dúvidas sobre o HIV e ele não tinha tratamento.
Personalidades como a princesa Diana, Madonna e Elizabeth Taylor já lutavam naquela época para mostrar à sociedade que o HIV não se transmite pelo convívio social.
"Apesar dos avanços científicos e décadas de ativismo e educação para o HIV, os resultados destacam uma tendência perturbadora: os jovens adultos predominantemente não estão sendo informados de maneira eficaz sobre os princípios básicos do HIV", disse Bruce Richman, da Prevention Access Campaign.
"Esses resultados são um apelo à ação de que a crise nos Estados Unidos está longe de terminar."