É um país que não respeita sua existência, mas é seu país! Essa é a conclusão a que se chega ao se conversar com o ativista gay Joel Earl Simpson, presidente da ONG Sasod, defensora da liberdade de orientação sexual na única nação da América do Sul que criminaliza a homo e a bissexualidade masculinas: a Guiana.
O seu país, que lidera o ranking mundial de crescimento econômico, passou nas últimas semanas a estar no noticiário global por a Venezuela ameaçar anexar a região de Esequibo, que corresponte a 70% do território da Guiana.
"É uma ameaça a nossa segurança e a nossa existência. E é uma ameaça também aos defensores dos direitos humanos na Guiana", disse em entrevista ao Guia Gay.
Em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, Joel estava com outros ativistas em frente à embaixada da Venezuela na capital guianense, Georgetown, para protestar.
"É importante estar vigilante, a tudo! Estamos sob risco! Mas, ao mesmo tempo, não devemos viver com medo, pois o medo paralisa. Temos de estar prontos para ação, para nossa defesa", completou.
Guiana está juntamente com países tais como Venezuela e Bolívia na parte baixa das listas em direitos humanos para homo e bissexuais na América do Sul.
A luta de Joel é grande. Mesmo com o Código Penal determinando prisão perpétua para homens que façam sexo com homens, o ativista organiza parada do orgulho na capital, aparece na mídia e fala com o governo para que haja respeito e cidadania no país.
De forma geral, a lei não é aplicada, mas ela estigmatiza e dá base para ideologias conservadoras.
O sexo entre mulheres é permitido.
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