Ao menos duas mentiras em poucos minutos enquanto falava sobre LGBT. Esse é o saldo da sabatina do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro(PSL) no Jornal Nacional na terça 28.
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Confrontado com o fato de ter dito coisas tais como vizinho gay desvalorizar imóvel, preferir filho morto a ter filho gay e haver ligação entre homossexualidade e pedofilia, Bolsonaro negou ter falado apenas a última, pediu desculpas e usou como principal linha de defesa a ação contra material a respeito de sexo que seria distribuído a crianças a partir de 6 anos de idade nas escolas brasileiras.
A argumentação foi feita com base em falácias. A primeira é que tenha ocorrido, nas palavras dele, o "9º Seminário LGBT Infantil", em 2010.
Conforme nota divulgada em 2014 pela Câmara dos Deputados, o nome de evento foi IX Seminário LGBT no Congresso Nacional - Respeito à Diversidade se Aprende na Infância: Sexualidade, Papéis de Gênero e Educação na Infância e na Adolescência, cuja realização foi feita em 2012.
Outra mentira foi a afirmação de que o livro Aparelho Sexual e Cia – Um Guia Inusitado para Crianças Descoladas foi destinado a escolas brasileiras.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, só houve compra de 28 exemplares em 2011 pelo Ministério da Cultura para serem distribuídos em bibliotecas públicas e dentro do Programa Livro Aberto e não em escolas.
Já o Ministério da Educação negou ter adquirido qualquer unidade do livro.