Para a Embaixada da Rússia no Brasil, não passa de especulação a perseguição a gays na Chechênia divulgada internacionalmente nas últimas semanas.
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Em resposta à Aliança Nacional LGBTI, que questionou o governo russo a respeito das denúncias, a embaixada informou que o Conselho dos Direitos Humanos russo e as autoridades locais não encontraram nenhuma confirmação quanto às perseguições sofridas por cidadãos LGBT divulgadas pela jornalista Elena Milashina, do jornal Novaya Gazeta.
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A embaixada afirma que o um membro do conselho, Sra. Saratova, declarou "que não tinha recebido nenhuma declaração de tal contento" e que a conselheira frisou ter ajudado várias vezes a jornalista da Novaya Gazeta a recolher informações oficiais, mas que "desta vez Milashina está perseguindo alguns objetivos incompreensíveis e publica materiais não baseados em fatos".
A representação diplomática também aponta que o principal ativista arco-íris do país, Nikolay Alexeyev, critivou Milashina pela campanha contra a Chechênia e a acusou de publicar informações falsas. "Ele expressou a opinião de que a atividade da E. Milashina não está ligada à defesa dos direitos das pessoas com orientação sexual não tradicional e que a jornalista está perseguindo os seus próprios objetivos interesseiros", escreve a embaixada.
Em abril, Elena revelou à BBC ter conhecimento de quatro prisões secretas, onde pessoas LGBT estariam sendo torturadas e assassinadas, o que passou a ser conhecido na imprensa como "campos de concentração para gays" na região.
Poucas semanas depois, um sobrevivente da violência homofóbica na Chechênia disse à revista russa Snob ter sabido, por meio de um líder religioso local, que famílias são induzidas a matar seus próprios filhos quando descobrem que são homossexuais.