Estudantes protestam contra escola após suicídio de aluno gay

Jovem de 14 anos não suportou bullying de colegas, lamentou o tio

Publicado em 20/08/2024
Protesto contra morte de estudante gay
Manifestantes estudam em outros colégios particulares da cidade. Foto: Guilherme Rajão/CNN

Cerca de 60 estudantes protestaram em frente a um colégio de elite paulistano após suicídio de um aluno gay de 14 anos.

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Na manifestação, realizada na manhã da segunda-feira 20, foram levantados cartazes com dizeres como "a minha sexualidade não define o meu valor" e "suas palavras foram sentidas como tiros".

Segundo a CNN, o grupo que organizou o protesto é formado por estudantes pagantes e bolsistas de diversos colégios particulares de São Paulo.

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“Estamos aqui prestando solidariedade à família e aos amigos dele. O aluno era bolsista e sempre relatou os problemas dele ao colégio. É muito triste”, disse um estudante, à reportagem.

O alvo da manifestação foi o Colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Era nele em que estudava o adolescente que estava no 9º ano e se matou no último dia 12.

Nas redes sociais, o tio do jovem, Bruno de Paula, denunciou que o sobrinho não suportou as "brincadeiras" dos "colegas" e afirmou que houve descaso da instituição.

Gay, negro e periférico, o estudante morto fazia parte da comunidade do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), uma instituição privada que concede bolsas de estudo em escolas particulares para jovens de baixa renda com idades entre 12 a 15 anos.

Em nota, o Bandeirantes lamentou o ocorrido, mas se eximou de qualquer culpa pontuando que a morte se deu fora das dependêndias do colégio.

 


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