Um homem está processando uma companhia aérea após ser alvo de homofobia durante todo um voo.
Morador da Califórnia, nos Estados Unidos, James Snyder entrou com ação contra a United Airlines após fazer um voo de Nova York para Los Angeles em 1º de maio de 2022.
Segundo o jornal The Independent, quando os comissários começaram a servir as refeições, Snyder percebeu que o aplicativo de pagamento da companhia estava com problema e esse era o único jeito de efetuar a compra.
Uma mulher que viajava na mesma fileira também passou por esse problema e recebeu a resposta de que a falha técnica estava afetando a todos.
Quando a mulher pediu um sanduíche, Snyder questionou a comissária se o app estava fora do ar porque o "wi-fi estava muito cheio" e recebeu uma resposta sarcástica da funcionária.
Ele continuou tentando até que chamou a comissária e pediu um hambúrguer avisando-a de que após inúmeras tentativas havia sido bloqueado pelo app.
"A comissária de bordo olhou diretamente para [Snyder] e disse: 'Não acho que você se esforçou o suficiente' e então foi embora", afirmou a vítima em sua reclamação.
Quando a funcionária retornou para trazer o sanduíche da vizinha de assento de Snyder, ele perguntou sobre o seu pedido e ouviu que "como ele tinha bastante tempo para descobrir o aplicativo como todo mundo, ela não poderia atendê-lo".
"Se sobrar alguma comida depois de servir todos, vou deixar você comer", emendou a funcionária.
Quando o carrinho de bebidas passou, todos foram servidos, mas o pedido de Snyder foi ignorado.
A vizinha de assento percebeu o que estava acontecendo e comentou: "Não acho que ela goste de você". Ela sugeriu que ele dissesse algo, mas Snyder afirma que não queria fazer uma cena.
Pouco depois, a comissária pediu seu telefone afirmando ser uma lei federal que o obrigava a entregá-lo. Ele desbloqueou o aparelho e a viu mexer no seu celular enquanto ela se afastava.
Achando tudo aquilo um absurdo, a mulher na poltrona ao lado o aconselhou a abrir uma reclamação formal na United Airlines.
Assim que o avião pousou e já de posse de seu aparelho, Snyder trocou contato com a vizinha de assento. A mulher, vendo que ele estava relutante em reclamar, afirmou para ele, ainda no avião, que havia feito uma denúncia no nome dele contando sobre o episódio.
"Como membro da comunidade gay, o autor [da denúncia] está familiarizado com a discriminação, [e] esse comportamento infeliz teve um efeito negativo em sua autoestima”, conclui a reclamação.
Dentre outros pontos, Snyder processa a empresa por negligência, quebra de boa-fé e negociação justa e quebra de contrato, já que a companhia aérea se compromete a fornecer comida e bebida, dentre outras coisas no voo.
À Justiça, a empresa negou todas as alegações e pediu ressarcimento dos honorários advocatícios.
A United opera todos os anos o "Pride Flight" só com pilotos e tripulantes abertamente LGBT, informa em seu site que foi a primeira companhia aérea a oferecer benefícios a maridos e esposas de funcionários homossexuais e que tem uma classificação de 100% no índice de igualdade corporativa da ONG Human Rights Campaign.
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