Uma mulher de 26 anos foi proibida de ser madrinha de sua sobrinha por ser lésbica.
A jovem, identificada pelas iniciais R.I.R., recebeu a notícia quando ela e a família acertavam detalhes para o batizado programado para 29 de abril.
A paróquia fica em povoado em La Vilavella na província de Castelló, no leste da Espanha.
R.I.R. está dentro de todas as condições exigidas para a função religiosa: é batizada, crismada, maior de 16 anos e comunga regularmente.
No entanto, foi dito à moça, que teme se identificar e ter problemas no trabalho, que ela estava vetada por "não levar estilo de vida digno".
"O mais triste é a mensagem que passam aos pequenos. A minha sobrinha, de alguma forma, sabe que não vou ser madrinha dela e assim a paróquia está insinuando que orientação sexual é uma coisa má, quando não o é", disse a moça ao jornal El Mundo.
"O que acontece é que se sabe que minha companheira é uma mulher. Eu nem mesmo moro com ela", lamenta R.I.R. que já foi até voluntária em ações sociais da igreja.
"Já me disseram que não sou a primeira a ver algo assim acontecer. Outras duas pessoas também foram proibidas por causa da condição sexual naquele vilarejo."
A irmã de R.I.R., mãe da menina a ser batizada, procurou outra madrinha. A família, no entanto, encomendou 40 bandeiras arco-íris para espalhar em varandas da cidade, já que muitos dos moradores também ficaram indignados com a discriminação.