O grupo que se autointitula Gays com Bolsonaro divulgou vídeo de rápido encontro com o presidente da República.
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Em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial do mandatário, integrantes mostraram seu apoio a Bolsonaro no momento diário em que o presidente conversa com seus apoiadores e imprensa.
"Eu faço parte do grupo 300 do Brasil também, eu sou homossexual e as pessoas, os jornalistas vêm falando que nós somos neonazistas. É ridículo falar que nós somos neonazistas", disse homem com camiseta com a letra B em arco-íris e com a frase Gays com Bolsonaro, na quarta-feira 13.
300 do Brasil é nome de grupo de bolsonaristas que estão acampados em frente ao Congresso Nacional para protestar contra o Supremo Tribunal Federal e os parlamentares.
O apoiador continua ainda na conversa com o presidente: "Nós estamos aqui para lutar pelo Brasil, independente de sexualidade, não é gays contra héteros, brancos contra negros, ricos contra pobres. As pessoas se uniram por um Brasil melhor."
E prossegue: "Meus amigos gays estão recebendo muita represália, de morte, pelos tais ditos, das pessoas que são da 'paz e amor".
"O problema dos gays é que eles querem obrigar as pessoas a aceitá-los. Ninguém é obrigado a aceitar a nada, a gente é obrigado a respeitar. A partir do momento que a gente tem respeito, a gente tem tudo. É respeito que a gente precisa."
No fim de semana, a imprensa registrou alguns poucos homens com a camiseta do movimento Gays com Bolsonaro em manifestação na Esplanada dos Ministérios.
Na página do coletivo no Twitter, há posts com crítica ao reconhecimento da transexualidade masculina e a favor da censura do prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) ao beijo gay em história em quadrinhos.
Um dos lemas do movimento é 'Nossa bandeira não é sexualidade. Nossa bandeira é o Brasil'.
Bolsonaro coleciona declarações contra a cidadania LGBT e, dentre outras ações, paralisou políticas públicas em saúde, cultura e turismo focadas no segmento.
O Ministério Público do Distrito Federal entrou, na quarta-feira, com ação civil pública contra o 300 do Brasil. Para a promotoria, segundo O Tempo, trata-se de milícia armada. À Folha de S.Paulo, a líder do movimento, Sara Winter, reconheceu que alguns integrantes possuíam armas de fogo. A ação pede o fim do acampamento, busca e apreensão por armas e revista nos integrantes.
UM DIA HISTÓRICO!
— Gays com Bolsonaro (@gaycombolsonaro) May 13, 2020
Hoje, em Brasília, nós estivemos frente a frente com o Presidente @jairbolsonaro ... Sem palavras pra descrever esse momento. #GaysComBolsonaro pic.twitter.com/YQcbzSPb1u