A maior parada do orgulho LGBT do mundo, a de São Paulo, divulgou nota nesta segunda 13 em defesa da bandeira arco-íris como símbolo mundial do ativismo em orientação sexual e identidade de gênero.
A motivação é a tentativa de algumas empresas e setores isolados do movimento LGBT trocarem o uso da bandeira com seis cores por uma, chamada de Bandeira do Progresso e que adiciona triângulos para simbolizar trans e pessoas não-brancas.
"A bandeira do arco-íris carrega nossa história, memória de lutas e conquistas. Mudanças são importantes e também fazem parte da história, mas quando empreendidas para incorporar avanços."
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E seguiu: "Não há qualquer outra representação de um movimento identitário com tamanho reconhecimento ao redor do mundo".
O texto combate a ideia de que as mudanças propostas na bandeira de seis cores seriam feitas para torná-la mais includente.
A respeito das faixas interpretadas como união contra o racismo seriam insuficientes para expressar todas as lutas com as quais o ativismo LGBT está em soma.
"Sobre representar na bandeira arco-íris o compromisso fundamental do movimento LGBT+ contra o racismo, capacitismo, sexismo, etarismo, xenofobia e toda forma de discriminação, isso pode ser feito sem mudar nosso símbolo. Afinal, como representar tantas causas sem deixar outras de fora e causar exclusão?"
A entidade também registrou que vários segmentos possuem bandeira específica e que isso se deu com respeito às décadas de existência e força da flâmula com seis faixas.
"Coletivos identitários criaram suas próprias bandeiras. E isso se deu sem que, em momento algum, propusessem substituir a bandeira arco-íris, que une e acolhe todas as identidades."
Veja nota da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo sobre a bandeira arco-íris aqui.
A chamada Bandeira do Progresso é criticada também por, ao incluir apenas as cores trans, apagar lésbicas e bissexuais.
Lideranças desses segmentos já se posicionaram contra o uso da nova versão da bandeira.
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