Não foi apenas o ano que mudou. Como deputado federal, por anos, Jair Bolsonaro (PSL) falou que agrediria homossexuais caso visse casal gay se beijando e que LGBT só queriam privilégios, por exemplo. Agora, como presidente da República, houve mutação no discurso.
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Nesta quinta-feira 3, pelo Twitter, o mandatário tratou da população LGBT em tom de defesa.
"Não haverá abandono de auxílio a qualquer indivíduo nas diretrizes de Direitos Humanos. A Secretaria Nacional da Família, Secretaria Nacional de Proteção Global e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação ficarão responsáveis por este papel", escreveu Bolsonaro.
A mensagem claramente foi resposta à polêmica criada pela mídia na quarta-feira 2 após divulgação da Medida Provisória nº 870/19. O conselho citado cuida especificamente de LGBT, e a diretoria LGBT é subordinada à secretaria referida.
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O documento, que dispõe sobre a estrutura do governo até o segundo escalão, foi avaliado erroneamente pela imprensa em geral como se houvesse exclusão de LGBT das políticas do governo Bolsonaro.
Apontou-se a ausência do termo LGBT do ato governamental como demonstração de rechaço à comunidade arco-íris.
Entretanto, o Conselho Nacional contra Discriminação, que cuida há quase uma década da pauta arco-íris, por exemplo, estava na medida provisória e nunca teve a sigla LGBT no nome.
E não foi só pela rede social que o novo governo tratou novamente de LGBT.
Foi publicado o decreto nº 9,673./19, no qual é mantido órgão para fazer políticas públicas em prol do segmento, a Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que ficará subordinada à Secretaria Nacional de Proteção Global do Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos.
A expressão "Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais" é citada sete vezes do decreto. A diretoria terá três funcionários.