A parada do orgulho LGBT em Seul, capital da Coreia do Sul, realizada no sábado 16 de julho foi marcada pela presença maciça de religiosos contrários aos direitos arco-íris. O policiamento foi reforçado e teve de atuar para evitar conflitos graves.
Foi o retorno da marcha ativista após três anos de impedimento por conta da pandemia de covid-19. A polícia estava em alerta pois os grupos religiosos se reuniram nas ruas próximas ao evento.
A polícia estabeleceu perímetros para separar os dois grupos. Os religiosos seguravam faixas e cantavam palavras contra a homossexualidade enquanto seu líder gritava orações em um microfone pedindo que Deus “salve a República da Coreia da legislação antidiscriminação”. Não houve brigas ou interrupções.
Ao pedir leis que proíbam a discriminação com base na orientação sexual, manifestantes denunciaram o prefeito de Seul, Oh Se-hoon, pela relutância da cidade em bloquear a parada do orgulho.
Em entrevista a jornal cristão na semana passada, Oh Se-hoon deu sinal de condecedência com os grupos religiosos.
“A cidade pode proibir a parada de usar a praça da prefeitura a partir de 2023 se os participantes deste ano exibirem materiais indecentes ou exporem em demasia seus corpos.”
Representante do grupo LGBT, Bae Jin-gyo criticou a postura do prefeito.
"O que ele deve olhar não é o comprimento das roupas, mas sim o quanto Seul é uma cidade discriminatória contra LGBT."
A homofobia é crime no país, mas a comunidade ainda luta por direitos tal como o casamento.