Pop, eurodance, house, tecnopop... O que tocava nas pistas gays lá atrás, em 1990?
Curta o Guia Gay Brasilia no Facebook
Enquanto os clubes - em boa parte do mundo - não são liberados da quarentena por causa da pandemia da covid-19, uma pedida é recordar (ou conhecer) o que fazia a cabeça dos frequentadores das boates em outras épocas.
Mais
>>> 10 hits das pistas gays que completam 20 anos
>>> 10 hits das pistas gays que completam 10 anos
Tinha cantor gay assumido? Sim! Tinha diva rodeada de gays? Sim! Tinha maquiagem, cabelão e montação? Também!
Ou seja, muito do que você vê hoje de novidade nas pistas ou no Youtube, foi criado lá atrás ou já repercutia no mainstream.
Confira 10 canções que bombavam nas pistas gays 30 anos atrás:
1. Madonna, Vogue
O tempo passa e essa música continua influenciando, reverberando e deliciando a todos. A consagração definitiva de Madonna como diva gay surgia ali, com a artista rodeada de bailarinos e apresentando ao mundo o voguing, dança originada nos bailes gays nova-iorquinos no final da década de 1980. A música pop jamais foi a mesma depois deste hit.
2. Deee-Lite, Groove Is in the Heart
A música que moldou a cultura clubber que nascia no Brasil - no extinto clube Nation, em São Paulo - é o maior hit deste trio de Nova York. Lady Miss Kier, vocalista do grupo, inspirou e inspira até hoje gerações de drag queens.
3. Blackbox, Fantasy
Um dos símbolos do eurodance, o grupo italiano contribuiu para as pistas com inúmeros sucessos na época. Mas rolou babado e confusão: a cantora norte-americana Martha Walsh, que empresta a voz a vários hits da banda e não era creditada, os processou ao ver que a modelo francesa Katrin Quinol a dublava em todos os clipes e shows. Martha ganhou o processo e por causa de sua ação, foi criada uma lei federal nos Estados Unidos obrigando todas as produções a creditarem em vídeos e discos a verdadeira voz da música.
4. En Vogue, Hold On
Um dos principais girl groups da década de 1990, o En Vogue começou por cima. O single de estreia das meninas arrebentou nas paradas e se tornou um dos dez mais vendidos do ano nos Estados Unidos. Ainda bem simples - em comparação com seus lançamento posteriores - o clipe é baseado em uma dancinha e rapazes descamisados.
5. Erasure, Blue Savannah
Ninguém que viveu o começo dos anos 1990 passou incólume ao Erasure. O duo britânico chamava atenção pelos agudos de Andy Bell, os sintetizadores de Vince Clarke e atitude assumidamente gay do grupo.
6. Pet Shop Boys, So Hard
Falando em duplas gays, o Pet Shop Boys é grande exemplo do synthpop que repercutia muito nas pistas no período. So Hard foi a primeira faixa de trabalho do belíssimo álbum Behaviour e trata de um casal no qual os dois traem e fingem que são fiéis.
7. C+C Music Factory, Gonna Make You Sweat (Everybdoy Dance Now)
O título promete que fará você suar e foi isso mesmo que essa faixa fez ao tocar nas pistas do mundo todo. Os músculos de Freedom Williams e o carão de Zelma Davis ajudaram a popularizar o clipe. Vale um lembrete: Martha Walsh também processou os produtores por ter cantado a canção e ter sido substituída por Zelma no vídeo.
8. Lonnie Gordon, Happenin' All Over Again
Lonnie nunca foi muito popular nas paradas de sucesso, mas nas pistas várias de suas canções emplacaram em diferentes remixes. Oferecida primeiro a Donna Summer (que não pôde gravá-la), essa faixa foi um dos primeiros lançamentos da cantora e seu maior hit.
9. Kylie Minogue, Step Back in Time
Era só o seu começo de carreira, mas Kylie já entregava pérolas pop que caíam no gosto do público, e, em especial, da comunidade gay. Produzida pelo trio Stock Aitken Waterman, a faixa foi um dos destaques do álbum Rhythm of Love.
10. George Michael, Freedom! '90
Um grito de liberdade até hoje quando toca nas pistas, a canção ganhou vídeo que se tornou um dos mais famosos na história do pop. Top models como Linda Evangelista, Naomi Campbell e Christy Turlington dublam George, que estava sentindo a pressão da fama na época e decidido a não estrelar mais seus próprios clipes. A direção é do cineasta David Fincher, que também dirigiu Vogue.
