Frequentemente elogiado por gays por conta de sua beleza, padre Fábio de Melo foi o centro de polêmica ao ter seu celibado duvidado esta semana.
A atriz Elisa Lucinda se desculpou, na sexta-feira 29, por ter dito que não acreditava que o padre se mantinha casto.
"Só para não deixar mais dúvidas: errei em julgar previamente nosso querido padre Fábio de Melo, ainda que eu seja uma crítica do celibato como regra. Tenho conversado pessoalmente com ele e está tudo bem. Combinamos um café", informou a artista em seu perfil no Twitter.
Já no Instagram, ela repetiu o comunicado e acrescentou: "Perdão, não quero guerra. Ainda mais com este padre que tem uma pregação do evangelho tão libertadora".
Elisa foi criticada por seguidores do padre após comentário feito na terça-feira 26.
Em uma foto em que Fábio de Melo aparece de calça e camisa de manga longa justas, a atriz capixaba fala que ser celibatário é contra a natureza.
"Tô te achando muito boy e sedutor. Sou contra o celibato. Com todo o respeito que tenho, não acredito no teu. E concordo. Não deveria ser preciso negar a própria natureza, ser celibatário para ser um padre. Não faz sentido pra mim."
Com a repercussão de sua fala, Elisa voltou ao post no dia seguinte: "Imagine, gente, não há ofensa em minhas palavras. Não considero sexo pecado. Acho um atraso da igreja tal rito. Adelia Prado diz que ou tudo é bento ou nada é bento. E acho que este antagonismo entre fé e sexo, afasta os jovens, principalmente."
E prosseguiu: "Nâo estou intolerante e sim critica. Eu conheço muita gente que o acha atraente e não vejo nenhum erro nisso."
O religioso não falou diretamente sobre o assunto, mas talvez tenha dado pistas em um trecho do evangelho divulgado em seu Instagram nesta sexta-feira.
"No evangelho de hoje, Jesus nos faz pensar sobre a ambiguidade da obediência. Ao curar um homem num sábado, fato que era terminantemente proibido para a Lei mosaica, Ele nos ensina que há desobediências que são necessárias. São as trangressões virtuosas, que só os essencialmente livres são capazes. O homem precisava ser libertado, mas o estatuto religioso não permitia promover a libertação.
Jesus propõe a reflexão: faz sentido deixar que alguém sofra, só porque é preciso observar um preceito religioso? O que realmente agradaria a Deus? Não conceder o benefício que o homem tanto necessitava, ou infringir a regra por um bem maior?
Jesus não veio abolir a Lei, mas aprimorá-la. O que antes estava escrito em papiros, agora é preciso ter escrito no coração, na consciência, pois assim saberemos exercitar a liberdade diante da regra. Sim, em muitos momentos da vida, por mais que isso pareça estranho, nós só faremos o que é certo, cumprindo o novo preceito estabelecido por Jesus, se tivermos a coragem de fazer o que é errado.
Há alguns que erram acertando. Um erro diante da regra, mas um acerto diante de Deus. Há outros que acertam errando. Um acerto diante da regra, mas um erro diante de Deus. Que nunca nos falte a sabedoria que nos permite fazer a distinção."
Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.