Na última terça 23 a deputada federal bissexual Vivi Reis (Psol) disse sofrer racismo no seu partido por receber menos da metade de tempo de campanha na TV e no rádio em comparação a uma candidata branca. A parlamentar é candidata à reeleição.
A decisão é do diretório paraense psolista. Vivi não disse o nome da concorrente, mas seguidores afirmaram ser Marinor, que é deputada estadual e já foi senadora.
Na rede social, a parlamentar mostrou-se inconformada.
“Isso pra mim tem nome: é racismo estrutural. Não irei me calar e nem ser silenciada. O projeto de esquerda e de PSOL que defendo é democrático, socialista e tem a cara, a cor e a diversidade do povo. E a resposta daremos nas urnas! A burocracia não vencerá! Racistas não passarão!”
Vivi recebeu apoio de seus eleitores e colegas nos comentários da publicação.
“É um absurdo. O racismo nos persegue, mesmo na esquerda! Um absurdo o que o PSOL Pará está fazendo. Não conseguirão apagar a candidata que melhor representa as lutas do povo paraense”, disse a vereadora de São Paulo Luana Alves.
Vivi Reis foi a primeira deputada assumidamente bissexual a ser eleita ao posto na Câmara dos Deputados. O primeiro foi o pedetista David Miranda, do Rio de Janeiro.