Luciano Huck recebeu um rapaz transexual e voltou a falar sobre seu irmão gay no Caldeirão do Huck, da TV Globo, no sábado 17. Na conversa, cometeu ao menos dois grandes erros.
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No quadro "Quem Quer Ser um Milionário?", o apresentador conversou com o professor de inglês e entregador por meio de bicicleta Thomas Hackmann, de 27 anos.
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O jovem comentou sobre seu processo de transição iniciado há 10 anos, o coletivo de homens trans entregadores que ele idealizou e também a respeito da importância do apoio da família. Sua mãe, Joice, estava na plateia virtual do programa e deu depoimento sobre o rapaz.
"Hoje o meu filho Tom pra mim é um orgulho. Eu tive que rever meus padrões, do que eu tinha aprendido. O Tom pra mim é meu mestre e ele me ensinou muito e continua me ensinando", falou Joice, emocionada.
No palco, Huck aproveitou para lembrar de seu único irmão, o cineasta Fernando Grostein Andrade, que é gay.
"Minha família também passou por um aprendizado muito interessante com o meu irmão, que também é gay. A gente aprende todos os dias. Eu realmente acredito que o amor nos conecta. Tanto faz com quem você se relaciona, a roupa que você veste, as suas orientações. Isso não faz a menor diferença na vida", afirmou o apresentador.
Nas redes sociais, alguns usuários criticaram a fala de Huck por ele ter dito "o meu irmão, que também é gay". Entenderam que ele estava afirmando que Thomas é gay, mas ele namora meninas.
Na realidade, Huck estava apenas se referia à comunidade LGBT como um todo, que sofre discriminação.
Uma outra fala do apresentador também foi alvo de reclamações, desta vez, com razão.
"A orientação trans carregava tantos preconceitos durante tanto tempo e a gente precisa desmistificar isso", disse Huck, confundindo os termos.
Transexualidade não é orientação sexual, mas, sim, identidade de gênero.
Outra fala de Huck foi errada por não ter comprovação nenhuma. "O Brasil, inclusive, é o pais que mais mata no mundo por transfobia", disse o apresentador.
Nunca houve nenhum levantamento que analisasse todos os países do globo tanto sobre transfobia como a respeito de homofobia, o que impede dar crédito àquela afirmação.
Por fim, Thomas, que é gáucho e vive em São Paulo, saiu com prêmio de R$ 5 mil.
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