Correspondente da TV Globo na Rússia, o repórter Marcelo Courrege se desculpou por usar o termo homossexualismo em uma reportagem sobre o país exibida no Globo Repórter, na sexta-feira 8.
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Em sua conta no Twitter, o jornalista agradeceu aos "puxões de orelha" e disse que não sabia que o sufismo "ismo" estava "condenado pelos grupos LGBTQ".
"Me desculpem. Homossexualidade. Lição aprendida", escreveu após receber diversas críticas - algumas raivosas - na rede social.
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O sufixo tem vários significados, um deles é doença. Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do rol de doenças mentais, em 17 de maio de 1990 (data, aliás, que deu origem ao Dia Mundial Contra a Homofobia), organizações e ativistas lutam para combater palavras como "homossexualismo" e "lesbianismo".
Entretanto, não é nada incomum vermos formadores de opinião - atores, jornalistas etc - ainda usando estes termos em reportagens e entrevistas.
O programa focou nas belezas e na cultura da Rússia - por causa da Copa do Mundo, que começa na próxima sexta-feira 15 - mas citou a perseguição sofrida por homossexuais no país. Desde 2013, é proibido por lei que casais de gays e lésbicas mostrem afeto em público.
Amigos, obrigado pelas msgs de parabéns e tb pelos puxões de orelha que recebi aqui por causa do #GloboReporter . Não sabia que o sufixo “ismo” estava condenado pelos grupos LGBTQ... Me desculpem! ? Homossexualidade. Lição aprendida. Tmj! ???
— Marcelo Courrege (@MarceloCourrege) June 9, 2018