Viralizou no X vídeo em que o influenciador Senhorita Bira atacou LGBT que demonizam o "gay branco".
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"Tem essa grande discussão no Twitter sobre o gay branco... Porque o gay branco é vilão, o satanás na Terra, pelo amor de Deus! (...) É um gay negro apontando o dedo para um gay branco. E os dois, no final do dia, são dois viad...", argumenta.
Autodenominado como gay travestido e conhecido por fazer críticas políticas e sociais nas redes sociais com base em ideias vindas da sociologia e da semiótica, o influenciador é crítico profundo do identitarismo.
Para ele, a exacerbação de identidades enfraquece a luta dos trabalhadores e fragmenta os próprios segmentos identitários minorizados por gerar oposição interna. Um grande exemplo é o ataque que se faz a gays brancos.
Nesse sentido, ele continua: "Quando você for dizer como os gays brancos são os vilões, lembre-se de Jefferson Anderson Feijó da Cruz, que, por ser gay, hoje está sem conseguir andar, falar, comer, mas está consciente".
Jefferson foi espancado a pauladas, estuprado e apedrejado por homofobia em 2018 na cidade de Moreno, em Pernambuco. Ele é branco.
Bira cita a tal "pirâmide da opressão", bastante difundida dentre LGBT identitários, que coloca gays brancos como os mais privilegiados dentre a comunidade.
No vídeo "É o Nosso Fim - Parte 1: O identitarismo e o Congresso Nacional", publicado em 1º de julho, Bira dá outro exemplo do que chama de mal do identitarismo.
"É uma mulher negra acusando a mulher branca de ser cúmplice no patriarcado e, no final do dia, as duas são assassinadas por seus maridos quando pedem divórcio".
Veja o trecho abaixo:
senhorita bira criticando o identitarismo do twitter e falando sobre o espantalho do "gay branco vilão" pic.twitter.com/JTPkYQl3jO
— mp4milgrau (@mp4milgrau) July 1, 2024