LGBT do DF são mais ricos, mais escolarizados e possuem mais emprego que a população geral da capital brasileira.
As conclusões são do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), órgão do governo local.
Na educação, há mais pessoas LGBT com ensino superior completo do que na população "fora do Vale". São 44% com 25 anos ou mais com superior completo no primeiro segmento contra 34% no segundo.
Os números que mostram situação sócio-econômica melhor dentre LGBT seguem. O rendimento médio do trabalho de homossexuais, bissexuais e sujeitos trans é de R$ 7.876,30, valor superior ao observado entre a população média, que é R$ 6.914,10.
A situação favorável de quem é LGBT é reforçada quando o tema é emprego. Sessenta e cinco por cento do segmento arco-íris declararam ter trabalho. Dentre os não LGBT, a taxa cai para 56%.
O relatório final do levantamento pontua que é necessário investigar se haver mais LGBT ricos e com alto nível de estudo possa vir do fato de pessoas com esse perfil sejam mais confortáveis para responder ao questionário e entendam mais as perguntas que os sujeitos com caracaterísticas opostas.
Os dados vieram da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios de 2021 (PDAD 2021), a primeira em toda história da capital federal que incluiu orientação sexual e identidade de gênero.
Ainda de acordo com a sondagem, 3,8% da população com mais de 18 anos no DF são LGBT. Cerca de 1% são sujeitos trans e 3%, LGB.
Os próprios responsáveis pela pesquisa indicaram limitações do estudo, tais como não ouvir pessoas abaixo de 18 anos de idade e o fato de ser possível que uma pessoa no domicílio tenha atribuído alguma orientação sexual ou identidade de gênero a quem não estava no local no momento da entrevista.
Se mais de um indivíduo estivesse em casa, todos responderiam ao questionário.