O tão esperado retorno com força total dos estabelecimentos LGBT de Brasília vive um reverso. Após alguns poucos meses reabertos ou na iminência de voltar a promover eventos, os locais e produtores agora sofrem com proibição governamental de realizar shows.
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A expectativa do público era matar a saudade de dois anos da Festa da Lili, um dos principais eventos gays da capital. A venda de ingressos estava em andamento quando, na quarta 12, quatro dias antes da data do agito, decreto do Governo do Distrito Federal voltou a restringir aglomeração para tentar frear a nova onda da variante ômicron do vírus que causa a covid-19. O resultado foi o cancelamento imediato da festa.
O mesmo roteiro tem sido o do Pontão do Pistão Sul. Em comunicado, o local de Taguatinga informou que apresentação da cantora Lia Clark prevista para 28 de janeiro não será realizada.
O efeito invade fevereiro e março. O My Drinks Lounge Bar, em Águas Claras, queria comemorar pela primeira vez o carnaval com seu público, mas os planos mudaram. Toda a programação de 6 de fevereiro a 13 de março foi suspensa em definitivo.
"Esse é só mais um sonho que se realizará apenas quando for possível", afirmou o estabelecimento em nota.
Entra para a lista o Clube Soho, sauna e cruising bar que funciona no Setor Comercial Sul. Desde fim de semana passado, os sábados e domingos não contarão mais com DJs.
A mudança de rota também é o cenário no Birosca, no Setor de Diversões Sul. Na sexta 14, era esperada atração da Alemanha, o DJ Hell, mas a tarja "cancelado" logo ganhou imagem no Instagram da casa.
E as mudanças não param. "Iremos manter nossa casa funcionando, porém com equipe reduzida e em formato bar a partir da sexta 21". explica comunicado.
O bar Lah, na Asa Sul, passou a limitar o número de mesas e clientes.