A Samsung excluiu anúncio de uma mãe que apoia o filho drag queen após a peça publicitária ser considerada "ofensiva" ao Islã em Singapura.
O anúncio fazia parte da campanha "Ouça seu coração", cujo objetivo era promover fones de ouvido e um relógio tecnológico da multinacional sul-coreana.
São quatro histórias: a de uma mulher com depressão, a de um pai que larga o vício graças à filha, a de um homem que sofreu grave acidente de trânsito e a da mãe que presta todo seu apoio ao filho drag queen.
O islamismo é a terceira maior religião do país asiático e responde por 15,6% da população. A maioria dos seguidores desta religião em Singapura vem da Malásia - os malaios formam o segundo maior grupo étnico no país depois dos chineses.
Houve muitas críticas só ao anúncio que falava de diversidade sexual. O vídeo foi chamado de "insensível à comunidade muçulmana", de "propagar ideologia LGBT" e de "perturbar a harmonia dentre a comunidade malaio-muçulmana".
O comunicado para tentar explicar o veto foi contraditório.
A Samsung disse que falhou ao ter produzido o anúncio e justificou o veto, segundo a agência Efe, porque a campanha porque foi percebida como "insensível e ofensiva por alguns membros de nossa comunidade".
"Reconhecemos que não estamos à altura nesta matéria, e retiramos o conteúdo das nossas plataformas públicas”, diz trecho do texto, que acrescenta que a empresa acredita que "a inovação e o crescimento são motivados pela diversidade e inclusão".
Em Singapura, a homossexualidade masculina ainda é crime e pode ser punida com dois anos de prisão. A feminina é legalizada.