Órgãos de saúde estão preocupados com uma nova cepa da mpox, que se mostra mais perigosa do que aquela que se dissiminou pela Europa e na América em 2022.
Na última quinta 7, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiram alerta a respeito de uma variante da mpox (antes conhecida como varíola dos macacos) que tem acometido a população da República Democrática do Congo (RDC).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também demonstrou preocupação com o surto, segundo o jornal O Globo, destacando que é a primeira vez que o contágio pelo subtipo é ligado a relações sexuais.
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De acordo com o CDC, foram registrados 12.569 casos suspeitos e 581 mortes (5% do total de diagnósticos) pela doença no Congo desde janeiro.
A reportagem informa que anualmente a nação africana registra 3.767 casos do vírus, o que mostra aumento significativo em 2023.
A variante que extrapolou as fronteiras da África ano passado foi a Clado II (mais especificamente o IIb).
Já a nova variante é a Clado I, que se mostra mais transmissível, causa infecções mais graves e é mais letal.
Assim como ocorreu com a Clado II, a Clado I tinha sua contaminação na África quase exclusivamente relacionada a um contato próximo a um animal infectado (que, aliás, não são os macacos, apesar do nome original da doença).
Em ambas as variantes, em certo momento, o contágio passou a ser também por relações sexuais dentre humanos.
Cientista-chefe para a mpox da OMS, Rosamund Lewis classificou, à Agência Reuters, como "preocupantes" as evidências de que a Clado I esteja se espalhando por via sexual e afirmou que "se ela se adaptar melhor à transmissão entre humanos, isso representa um risco".
A OMS está trabalhando com o governo do Congo na tentativa de implementar uma resposta ao surto. O país tem pouco acesso a vacinas.
A mpox faz mais vítimas sobretudo dentre quem tem sistema imunológico comprometido. Na Europa e Américas, os principais afetados foram homens gays e bissexuais soropositivos para HIV, em especial, quem não estava tomando antirretrovirais.
Nos Estados Unidos, foram contabilizados, desde 2022, mais de 31 mil casos com 55 mortes (quase 90% delas em homens negros). No Brasil, registraram-se 16 mortes.
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