Transmitido pelo sexo, vírus HTLV-1 pode levar à cadeira de rodas

Cerca de 5% a 10% dos infectados desenvolvem doenças que podem ser graves ou até fatais

Publicado em 25/11/2018
Transmitido pelo sexo sem camisinha, vírus HTLV-1 pode causar complicações sérias
Vírus só pode ser detectado por meio de exame de sangue específico

Pouco conhecido, mas muito comum no País, o HTLV-1 (vírus linfotrópico de células-T humanas) pode causar danos permanentes a uma parcela dos infectados.

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O Brasil é o país com o maior número de casos absolutos do vírus e a infecção por HTLV-1 afeta mais pessoas que o HIV, a hepatite C ou a tuberculose.

"Não existe um programa nem nacional, nem estadual, nem municipal”, afirmou Augusto Penalva, coordenador do serviço de HTLV-1 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, ao Viva Bem.

"É a doença mais negligenciada das negligenciadas. Inclusive,quando se lança um programa sobre doenças negligenciadas não é incomum deixar de fora o HTLV."

O vírus pode ser transmitido de três formas: por sexo desprotegido, por contato com sangue infectado (transfusão, compartilhamento de seringas etc) e por meio de aleitamento materno.

A grande maioria das pessoas que tem o vírus não apresenta sintomas. No entanto, cerca de 5% a 10% apresentam complicações, e elas podem ser sérias e até fatais.

Duas das complicações são a leucemia de células-T do adulto e a paraparesia espática tropical, que afeta a medula espinhal e pode deixar o paciente em cadeira de rodas.

Muitas das pessoas que apresentam sintomas demoram a descobrir a doença já que boa parte dos médicos não tem muito conhecimento sobre ela.

O diagnóstico é feito apenas por um teste de sorologia específico para a doença, que custa pouco (cerca de R$ 3), mas que demora a ser pedido já que o HTLV não está no radar dos médicos.

Todas as doenças correlacionadas com o vírus têm tratmaento, mas isso depende do tempo do diagnóstico. Quanto antes, melhores são as chances de recuperação.

Os especialistas clamam para que haja uma campanha nacional, assim mais pessoas saberão que são portadoras e poderão se prevenir diminuindo a transmissão da doença.


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