Um mundo sem beijo na boca? Sem vacina, é o que indica a ONU

Manual sobre sexo em tempos de covid-19 reforça que é perigoso ter contato com saliva de outras pessoas

Publicado em 07/05/2020
beijo gay coronavirus covid-19
Enquanto não houver vacina, dar beijo de língua representa alto risco de pegar covid-19

A quarentena para prevenir contágio pela covid-19 segue e muitas pessoas estão ansiosas a respeito de sexo. Quando tudo isso vai acabar? 

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A Unaids, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para saúde sexual divulgou cartilha, em espanhol, a respeito do tema, chamada "Sexo & Covid-19". E não se fala de fim do tempo para adoção das medidas, que são severas. 

O novo coronavírus pode ser transmitido por até dois metros de distância. Uma pessoa falando, neste intervalo de espaço, pode passar a doença por meio de gotículas de saliva.

O beijo de língua, portanto, é um dos atos que mais podem transmitir a covid-19. A cartilha é direta: esse tipo de beijo não é de forma alguma recomendado. 

E como o vírus só poderá ser vencido se houver vacina, como indicam estudiosos, não tão cedo será algo indicado beijar na boca de quem não se conhece. 

Muito se fala de novo normal, com restaurantes e academia sem capacidade máxima de pessoas, e grandes restrições de viagens. A falta de beijo seria outro elemento da era recém-inaugurada. 

Lamber o ânus também está vetado. O vírus já foi encontrado em fezes e, por mais, que a "chuca" tenha sido bem feita, resquícios microscópicos também são agentes transmissores.

A cartilha lembra que o novo coronavírus não foi encontrado no sêmen ou em fluídos vaginais. Porém, infecções sexualmente transmissíveis (IST), como o HIV, podem, sim, serem transmitidas dessa maneira.

E como continuar a fazer sexo? "Evite o contato próximo, incluindo o sexo, com qualquer pessoa fora da sua casa", diz o material.

Para quem costuma encontrar pessoas por aplicativos ou trabalham com sexo, a recomendação é passar um tempo sem marcar com ninguém. Uma vídeochamada pode substituir o encontro pessoal.

"Você é seu parceiro sexual mais seguro", reforça a cartilha. Mesmo para se masturbar, a indicação é que as mãos sejam lavadas - antes e depois - com água e sábado por 20 segundos.

O próximo parceiro mais seguro, diz o manual, é a pessoa com quem você mora - e que esteja respeitando o confinamento como você está.

Para quem ainda assim não se convenceu que o melhor é esperar, a ONU anota que preservativos diminuirão o contato com a saliva e as fezes - ou seja, deve-se usá-los não somente no sexo anal como também no oral.

Lavar-se antes e depois do sexo (por 20 segundos ao menos com água e sabão) é "mais importante do que nunca", afirma a organização. Objetos sexuais que forem usados devem passar pelo mesmo procedimento.

Importante: se o casal vir alguma pornografia on-line pelo notebook ou compartilhar o celular - para tirar fotos, por exemplo, durante o sexo - tudo deve ser desinfectado depois.

Se houve qualquer suspeita de que você ou o parceiro estão com a covid-19, evite as relações sexuais, sobretudo os beijos.


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