Novo procurador-geral da República, Augusto Aras tomou posse, nesta quinta-feira 26, falando em "defender minorias".
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Indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), Aras afirmou que a não cabe à instituição o papel de "legislar" ou "julgar" e sim "induzir políticas públicas econômicas, sociais, de defesa das minorias", além de que "tudo se faça com respeito à dignidade da pessoa humana".
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Presente na cerimônia, Bolsonaro disse que o Ministério Público tem que continuar independente e que Aras não faz parte do governo.
O nome de Aras foi aprovado no plenário do Senado, na quarta-feira 25, por 68 votos a dez.
Antes disso, na mesma quarta, ele passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e enfrentou questionamento do senador abertamente gay Fabiano Contarato (Rede-ES).
"O senhor não reconhece a minha família como família? Eu tenho subfamília? Eu sou doente senhor procurador?", questionou Contarato.
O motivo das perguntas foi documento assinado por Aras se comprometendo com valores conservadores e homofóbicos escrito pela Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure).
A carta produzida pela entidade só reconhece o casamento heterossexual e acredita na "cura gay". Contarato é casado com homem e ambos têm um filho.
Ao senador, Aras respondeu que tem amigos em uniões homossexuais, que não acredita na "cura gay" e que a família de Contarato é igual a dele. Ele disse também que não leu o documento inteiro antes de assiná-lo.