Estudo norte-americano mostrou que gays têm maior nível educacional do que heterossexuais.
Cerca de 52% dos gays nos Estados Unidos têm diploma de bacharel. Taxa maior que os índices encontrados dentre todas as pessoas adultas (36%) e dentre homens heterossexuais (35%).
Além disso, 6% dos gays no país têm diploma em algum grau mais avançado, a exemplo de doutorado, o que é 50% a mais do que a quantidade de homens héteros na mesma situação.
Autor do estudo e professor assistente de sociologia na Universidade de Notre Dame, Joel Mittleman falou sobre os dados.
"Em todos os conjuntos de dados e nos diferentes resultados educacionais que observei, os gays ultrapassaram os heterossexuais por margens substanciais. E, na maioria dos dados, não apenas os homens heterossexuais, mas também as mulheres heterossexuais."
O estudioso se disse positivamente surpreso pelo fato de os homens gays terem mais diploma universitário inclusive do que os homens heterossexuais de ascendência asiática, que possuem já alta taxa de estudo.
Joel também identificou que mulheres lésbicas (44%) têm mais chances de ter diploma de bacharel do que as mulheres héteros (34%).
O pesquisador cruzou informações de três pesquisas nacionais domiciliares para chegar a esses resultados: National Health Interview Survey, National Survey on Drug Use and Health e National Crime Victimization Survey.
Ele também usou pesquisas realizadas entre 2009 e 2017 que acompanharam o desenvolvimento de estudantes do Ensino Médio ao Ensino Superior por vários anos.
Mittleman começou a conduzir o estudo para sua dissertação na Universidade de Princeton há três anos, quando procurou reunir dados que forneceriam visão abrangente de como o gênero e a orientação sexual influenciam o desempenho acadêmico.
Por que o desempenho de gays é melhor?
Mittleman observou que a alta taxa de estudos formais entre os homens gays não significa que eles tiveram experiência educacional "mais fácil".
Garotos gays relatam se sentirem duas vezes mais inseguros na escola do que jovens héteros e 11% dos estudantes homossexuais masculinos desistiram da escola durante o Ensino Médio.
"A vitimização de meninos gays está muito bem documentada, mas o que estou argumentando é que sua vitimização deve agora ser entendida no contexto de sua notável resiliência acadêmica."
Mittleman observou que seu estudo está alinhado com a pesquisa do professor Mark Hatzenbuehler da Universidade de Harvard e do professor da Universidade de Yale John Pachankis, que formularam a hipótese do "melhor menino do mundo", segundo a qual os gays respondem à homofobia se supercompensando em realizações em áreas tal como a educação.
Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.