Demitido do Minas Tênis Clube e desligado da Seleção Brasileira de Vôlei, na semana passada, após repercussão de mensagem homofóbica, Mauricio Souza foi sondado por vários partidos políticos para se candidatar nas eleições de 2022.
O atleta fez a revelação ao programa Pânico, da Rádio Jovem Pan. "Isso é uma coisa que não estava previsto, nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos partidos conservadores estão me dizendo que seria importante."
Mauricio não afirmou que pretende entrar na política, mas falou em "representar bem" as pessoas que o defenderam na polêmica.
"Não sei, preciso refletir. Tenho uma responsabilidade muito grande, em cada post que eu faço, cada entrevista que eu dou. Estou vendo o impacto direto que estou tendo nas pessoas. Hoje elas enxergam em mim esse exemplo. Tenho que pedir sabedoria pra Deus pra eu representar bem essas pessoas."
Ele ganhou mais de dois milhões de seguidores no Instagram após ser desligado do clube mineiro.
Em áudio obtido pelo site do programa Globo Esporte, da TV Globo, o diretor do Minas, Elói Lacerda de Oliveira, diz que Mauricio não foi demitido por ser homofóbico.
"Ele não foi mandado embora porque ele é homofóbico, porque ele não é homofóbico. O que ele falou foi uma declaração pessoal dele. Ele foi mandado embora para a proteção dele. E ele recebeu integralmente o salário dele e a proteção do Minas."
E continua: "Nós fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído, tá? E que todos saibam que nós pagamos o contrato dele integral até maio. Ele não ficou desamparado. Ele recebeu o salário dele todo antecipado e nós fizemos isso porque nós não tivemos apoio."
Oliveira define a comunidade LGBT como "radical" na gravação.
"A gente tem que aprender a ser proativo e não reativo. Essas comunidades radicais, elas são ativas. Eles foram na presidência da Melitta na Alemanha, eles foram na Fiat em Betim, lá na Itália, tá certo? E nós ficamos literalmente rendidos, tudo o que nós fizemos nós fizemos a gente era de simplesmente derrotados, porque haviam milhares de manifestações contra o Minas, contra o Maurício."
