Em 2021, 650 mil pessoas morreram por complicações causadas pela aids, mesmo com a existência do tratamento eficaz para o HIV e ferramentas para prevenir, detectar e tratar infecções oportunistas, segundo o relatório ‘Em perigo’.
A pandemia da Covid-19 deteve o progresso da luta contra a aids ao diminuir os recursos e a ação contra o HIV, o que colocou milhões de vidas em risco, destaca o documento lançado antes do início da Conferência Internacional da Aids, que ocorrerá na próxima sexta 29, em Montreal, Canadá.
As más notícias vão continuar. O Unaids, programa das Nações Unidas (ONU), enfatiza que o mundo não deve seguir na atual trajetória de queda de novas infecções.
Entre 2020 e 2021 a queda foi de 3,6%, o menor declínio anual em novas infecções desde 2016. O relatório alerta que, mesmo com a diminuição notável de novos casos de HIV na África Central, Ocidental e no Caribe, a resposta ainda tem sido ameaçada por crise de recursos cada vez mais acentuada.
O estudo também fala dos riscos de infecção. Dentre homens que fazem sexo com homens, o risco de contrair o vírus é 28 vezes mais alto em comparação com pessoas da mesma idade e sexo fora do segmento.
Dentre quem injeta drogas, o risco chega a ser 35 vezes maior. A taxa é 30 vezes maior em profissionais do sexo, enquanto em mulheres transexuais pode chegar a 14 vezes.